A jornada épica de BLEACH nos presenteou com um cenário rico em personagens complexos e enredos instigantes. Um desses personagens que causou um burburinho particular é Giselle Gewelle, especialmente na forma como a série lida com sua identidade de gênero.
No episódio “Marching Out The Zombies”, parte da saga Thousand-Year Blood War, Yumichika Ayasegawa e Madarame Ikkaku do 11º Esquadrão enfrentam Giselle em um confronto tenso. Yumichika, em particular, utiliza uma linguagem chocante para se referir a Giselle, abordando sua identidade de gênero de uma maneira que desencadeia debates importantes.
Os detalhes da identidade de gênero de Giselle são cruciais e polêmicos. Ela reage fortemente quando Yumichika a chama de “homem,” mostrando que sua auto-identificação de gênero é algo que ela leva muito a sério. A controvérsia se aprofunda ainda mais com a revelação de que há duas versões do episódio: uma no Disney+ que edita um diálogo polêmico de Yumichika, enquanto a versão original o mantém.
Não é a primeira vez que BLEACH toca em temas relacionados à identidade de gênero e orientação sexual. A série já explorou a codificação queer, como na luta de Yumichika com Arrancar Charlotte Chuhlhourne. A relação e o conflito entre os dois são ricos em camadas de entendimento sobre o que significa ser belo ou identificar-se fora das normas tradicionais de gênero.
Giselle, por sua vez, é uma personagem profundamente complicada e, em certos aspectos, perturbadora. Sob sua fachada feminina, há um sadismo evidente. Este aspecto sombrio é amplificado em sua interação com Bambietta Basterbine, uma personagem zumbificada que se torna tragicamente dependente do sangue de Giselle. Os diálogos entre as duas abrem espaço para várias interpretações, algumas das quais adicionam um elemento perturbador ao caráter de Giselle.
O tratamento da identidade de gênero de Giselle e as nuances de sua personalidade tornam o personagem intrincado, mas a linguagem e as alusões usadas tornam partes do episódio desconfortáveis para alguns espectadores.
BLEACH sempre foi uma série que não tem medo de tocar em temas polêmicos, e a representação de Giselle é um exemplo vívido dessa coragem narrativa, apesar das controvérsias que pode gerar.
Bleach está disponível na Crunchyroll.
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