Não é segredo que Goku e Goten, além de compartilharem laços de sangue, são incrivelmente semelhantes em muitos aspectos. Esta semelhança, que transcende a mera relação pai e filho, é tanto admirável quanto preocupante. Por um lado, Goten herda do pai, Goku – um dos guerreiros mais formidáveis do universo –, uma aparência física marcante, uma personalidade obstinada, um amor inabalável pela luta e uma inclinação para travessuras. No entanto, “Dragon Ball GT” evidencia uma herança menos positiva: Goten parece herdar também o pior traço de Goku.
Introduzido em “Dragon Ball Z” após a Saga Cell, Goten se revelou uma criança de poder excepcional. Mesmo sem treinamento direto de Goku, Goten atingiu o nível de Super Saiyan ainda jovem, algo que seu pai e Vegeta alcançaram com enormes dificuldades. Isso demonstra que Goten não apenas herdou o nível de poder colossal de Goku, mas também possuía um potencial latente formidável. No entanto, essa herança de poder vem com suas próprias armadilhas.
Em “Dragon Ball GT”, somos confrontados com um Goten que, apesar de seu poder, repete os mesmos erros de seu pai. O episódio 26 da primeira temporada de GT, escrito por Junki Takegami e dirigido por Osamu Kasai, ilustra isso claramente. Goten enfrenta o vilão Baby, mas se distrai com uma ligação telefônica durante a batalha. Essa distração é emblemática do que talvez seja o pior aspecto de Goku: a tendência de baixar a guarda em momentos cruciais. Goku já cometeu esse erro várias vezes, resultando em derrotas humilhantes e situações de quase morte, como contra Majin Vegeta em “Dragon Ball Z” e Frieza em “Dragon Ball Super”.
A imprudência de Goten, refletindo a de Goku, é uma preocupação real. Em um universo onde a força e a atenção são fundamentais para a sobrevivência, essa falha pode ter consequências catastróficas. Enquanto Goten herda as habilidades extraordinárias de seu pai, ele também parece carregar seus defeitos mais perigosos. Esse episódio de GT não apenas destaca o poder e potencial de Goten, mas também serve como um lembrete sombrio de que até os maiores heróis têm suas falhas – falhas que podem ser passadas para as próximas gerações.
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