A franquia Dragon Ball sempre teve uma relação complicada com a morte. Graças às mágicas Esferas do Dragão, personagens podem ser ressuscitados, tornando a morte algo menos impactante.
Esse dilema se intensifica em Dragon Ball Super, onde até universos inteiros podem ser restaurados. Mas, será que a morte realmente perdeu seu significado nesse universo?
A resposta é complexa. Embora as Esferas do Dragão possam trazer de volta quase qualquer um, ainda existem limitações.
Por exemplo, androides como o 16 e Gamma 2 não têm almas e, portanto, não podem ser ressuscitados. Além disso, mortes por causas naturais, como no caso de personagens mais velhos como Monaito ou Granolah, também são irreversíveis. Isso adiciona uma camada de complexidade e risco à narrativa.
Outra limitação é a destruição da alma. Se um personagem morre e sua alma também é destruída, como pode acontecer pelas mãos de Deuses da Destruição como Beerus, essa morte é definitiva.
Isso nos faz questionar: será que Dragon Ball Super poderia incorporar mortes permanentes para elevar as apostas?
A morte também pode ser um catalisador para o desenvolvimento de personagens e avanço da trama. Goku aprendeu técnicas como Kaio-ken e Spirit Bomb enquanto estava no Outro Mundo.
A morte, mesmo que temporária, pode ser uma oportunidade para os personagens crescerem, tanto em poder quanto em caráter.
Além disso, a morte pode ser usada como um dispositivo narrativo para introduzir novos personagens e cenários.
O Outro Mundo é um lugar cheio de possibilidades, onde Goku encontrou aliados como o Rei Kai e Pikkon. Quem sabe que outros personagens interessantes poderiam ser introduzidos dessa forma?
Mas e os vilões? A ressurreição também pode ser uma espada de dois gumes. Se os Guerreiros Z precisam impedir o retorno de um vilão como Freeza, isso adiciona uma nova dimensão de urgência e perigo à história.
A morte, ou a possibilidade dela, pode ser uma força motriz para os personagens, forçando-os a superar seus limites.
Dragon Ball Super tem a oportunidade de aprender até mesmo com Dragon Ball GT, especialmente no que diz respeito ao uso excessivo das Esferas do Dragão e as consequências disso, como a formação dos Shadow Dragons.
Isso poderia adicionar uma camada extra de complexidade e risco, tornando a morte algo a ser seriamente considerado.
Em resumo, a morte em Dragon Ball não precisa ser um fim, mas pode ser um meio para avançar a história, desenvolver personagens e elevar as apostas.
Se Dragon Ball Super souber jogar suas cartas direito, a morte pode ser tão impactante quanto em qualquer outra narrativa.
Dragon Ball Super está disponível na Crunchyroll.
Modificado em 01/09/2023 14:18
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